Verticalização garante a Okuma posição destacada no mercado de máquinas-ferramenta
Com foco na pesquisa, desenvolvimento e produção, a empresa acumulou know-how que lhe assegura crescimento no setor de máquinas de alta performance.
A história da Okuma teve início em 1898 na cidade de Nagoya, Japão, quando Eiichi Okuma produziu e vendeu máquinas para fazer macarrão. Eiichi era entusiasta da qualidade e desenvolveu, para uso próprio, um torno de precisão para fabricar peças necessárias às máquinas que comercializava. Em 1918, fundou a Okuma Machinery Works Ltda, onde passou a produzir e vender os tornos da série OS. À época, sua filosofia de trabalho já estava embasada no conceito “Monozukuri”, ou seja, a “Arte de fazer melhor os produtos” partindo de críticas construtivas dos usuários. Eiichi costumava dizer: “A crítica de um cliente vale mais que elogios de muitos”.
As primeiras máquinas-ferramentas Okuma eram convencionais e se destacavam pela qualidade. Ainda é possível encontrá-las em funcionamento. Em 1963, o primeiro comando numérico da Okuma foi lançado, já com encoder absoluto. O encoder é um sensor que converte um movimento angular ou linear em uma série de pulsos digitais elétricos, fornecendo para o CLP (Controlador Lógico Programável) dados suficientes para convertê-los em posicionamento e velocidade.
Nos encoders absolutos, cada posição angular está devidamente atribuída a um valor de posição definido, tendo-se, assim, um código único para cada posição do seu curso. Com isso, não perdem a real posição caso haja alguma eventual queda da tensão de alimentação. Desta forma, a posição absoluta está sempre disponível tão logo o sistema volte a ser energizado e os referenciamentos “home ou zero máquina” não precisam ser refeitos.
As máquinas Okuma chegaram ao Brasil no início dos anos 80 por meio de multinacionais Japonesas do setor automobilístico, importadas por conta dos bons resultados que vinham obtendo nas matrizes. O sucesso levou empresas de outras origens a aderirem às mesmas máquinas. A empresa percebeu, então, a necessidade de estar próxima ao novo mercado e em 1997 nasceu – em São Paulo – a Okuma Latino Americana que responde pelo suporte técnico e de vendas na América do Sul. A indústria automobilística é a principal usuária, mas a participação cresce nos seguimentos de energia, agrícola, de construção e medicinal.
As principais fábricas estão no Japão, nas cidades de Oguchi e Kani, onde são desenvolvidos novos produtos. São seis instalações fabris no Japão e 16 operações mundo a fora, incluindo fábricas em Taiwan e na China. A empresa conta com 3207 funcionários em termos globais; no Brasil, a OKUMA conta com uma equipe de, aproximadamente, 50 pessoas (entre funcionários e demais colaboradores).
Para Mohseen Hatia, diretor-geral da subsidiária brasileira, o êxito alcançado pela companhia se deve a combinação de dois fatores. Primeiro: o fornecimento do que chamam de “Only-One Technology”, ou seja, a máquina, os motores, o spindle e o comando numérico são totalmente produzidos dentro da própria Okuma. Isso permite o desenvolvimento de máquinas confiáveis e o lançamento de inovações mecatrônicas, que contribuem para o aumento da produtividade dos clientes. O processo de fabricação de cada componente é acompanhado pela engenharia de manufatura, que segue à risca os padrões da tecnologia Okuma. Segundo: A dedicação dos colaboradores, para a prestação de serviços de padrão internacional, visando a plena satisfação dos clientes.
O portfólio atual de produtos inclui: Tornos, Centros de Usinagem, Máquinas Multitarefas e Retificadoras, todos CNC (Comando Numérico Computadorizado). Suas máquinas conceito “Double Columm Machining Center” (Centro de Usinagem de Coluna Dupla) são líderes nos principais mercados.
O comando numérico da Okuma pertence à série “OSP – Okuma Sampling Path”, que garante absoluto controle de precisão e trajetória no posicionamento da ferramenta em operação, o que é viabilizado por um sistema avançado de feedback de localização. O comando pode simular a usinagem em 2D ou 3D de forma muito realista, antevendo problemas e evitando, em vários casos, as indesejadas colisões.
Sendo a inovação uma condição sine qua non, a empresa se orgulha de ocupar posição de vanguarda. Exemplos disso foram o desenvolvimento do sistema de compensação de variações dimensionais e o de prevenção de colisões.
O sistema de compensação térmica foi projetado para minimizar possíveis distorções, resultantes do calor e variações de temperatura, geradas por conta dos esforços de corte e oscilações do fluxo de refrigerante.
A prevenção de colisões é possível porque a máquina é alimentada com informações referentes a todos os elementos de fixação que possam, eventualmente, interceptar a trajetória das ferramentas.
Uma inovação mais recente é um sistema que inibe o surgimento de vibrações que comprometam o acabamento da superfície usinada. Com ele, é possível prevenir o surgimento do fenômeno, atuando antecipadamente no ajuste dinâmico de velocidades e avanços antes que este surja.
A personalização de produtos faz com que a fabricação tenda a lotes de peça única, aumentando, assim, a necessidade de se investir em sistemas de manufatura inteligentes, extremamente flexíveis e de autoajuste.
A Okuma ostenta um faturamento anual consolidado de aproximadamente ¥135 Bilhões (ano 2013), sendo 37% no Japão, 28% nas Américas, 20% na Ásia e 14% na Europa. Já instalou mais de 2000 máquinas no mercado Latino Americano. Aproximadamente, 1800 desse total no Brasil. Mesmo com a desaceleração da economia, as vendas crescem. De 2013 para 2014, o faturamento cresceu cerca de 16%. Duarte Alves, diretor de vendas – América do Sul, disse que de 2012 para cá, a empresa saiu da 4ª posição no ranking dos fornecedores de máquinas do segmento high-tech brasileiro para figurar entre as duas primeiras.
Mohseen enfatizou a tradição da companhia no lançamento de tecnologias inteligentes. Estre elas, citou as seguintes: Thermo-Friendly Concept, Collision Avoidance System, Machining Navi e a 5-axis auto tuning system, que contribui para que seus clientes se tornem muito mais competitivos.
Em dezembro de 2014, lançaram a tecnologia SERVONAVI, que possibilita identificar automaticamente o peso da peça a ser usinada, assim as acelerações são otimizadas, reduzindo o tempo de ciclo em até 20%.
Foi lembrado que a tecnologia SERVONAVI também reconhece variações no desempenho das máquinas, por conta de algum tipo de desgaste ou fadiga de componente, devido ao uso intensivo durante anos. O recurso permite ajustar automaticamente os parâmetros, mantendo a alta qualidade da superfície usinada, ainda que a máquina envelheça.
Duarte reforçou que, há mais de seis anos, suas máquinas já possuem tecnologia para consumir energia apenas quando em trabalho. Ou seja, em estado de stand by tudo o que não for essencial é automaticamente desligado pela própria máquina.
Uma lista das últimas inovações e prêmios recebidos pela Okuma pode ser acessada no endereço: http://www. okuma.co.jp/english/news/products.
Recentemente, fala-se sobre as metodologias Big Data, Internet das coisas, Manufatura Ininterrupta e BK Inteligente. De acordo com Glauco Bremberger, Diretor de engenharia de aplicações e assistência técnica, a Okuma percebe estes eventos como oportunidades para aplicar tecnologias que já dispõem e dominam, pois investem consistentemente em inovação.
O comando numérico atual da empresa é poderoso e flexível: o OSP-P300 – criado já com a incorporação de recursos que permitem a sua atualização mesmo depois de instalado no cliente. Esse comando é chamado de THiNC (The intelligent NC – o controle numérico inteligente), que utiliza APIs (Application Programming Interface) para realizar a interface entre a máquina e aplicativos de terceiros. Graças a esta flexibilidade, em 2014 lançaram a “Okuma APP store”, um site no qual os clientes podem baixar e carregar aplicativos diretamente na máquina-ferramenta, algo similar ao que é feito para alguns Smartphones.
Glauco defende que o conceito de máquinas “5 eixos” está sendo mais aplicado. “Ainda temos muitas oportunidades para substituir processos que hoje vêm sendo feitos em várias fixações por processos de fixação única, reduzindo custos e melhorando a qualidade da peça” disse. A Okuma possui uma linha completa de centros de usinagem capazes de usinar até cinco faces de uma mesma peça; máquinas “5 eixos” e máquinas multitarefas. Adicionou que tais máquinas constituem apenas mais uma alternativa para o aprimoramento da gestão da produção e que, em algumas situações, cada uma por sua vez, pode constituir a melhor opção.
Glauco também informou que a demanda por máquinas HSC (High Speed Cutting) continua em alta, que é um conceito maduro no mercado. Vários clientes se beneficiam desta técnica, que demanda não somente máquinas com mais RPM (Rotações Por Minuto), mas que também sejam rápidas e precisas em seus deslocamentos. “Um diferencial muito interessante da Okuma para este conceito de usinagem é o Super Nurbs. Trata de um software que roda no comando CNC Okuma e que lê programas de usinagem com instruções nurbs, também permite reconstituir o perfil a ser usinado e administra a aceleração e desaceleração dos eixos da máquina para obter uma superfície homogênea e bem acabada” disse.
A personalização de produtos faz com que a fabricação tenda a lotes de peça única, aumentando, assim, a necessidade de se investir em sistemas de manufatura inteligentes, extremamente flexíveis e de autoajuste.
A Okuma ostenta um faturamento anual consolidado de aproximadamente ¥135 Bilhões (ano 2013), sendo 37% no Japão, 28% nas Américas, 20% na Ásia e 14% na Europa. Já instalou mais de 2000 máquinas no mercado Latino Americano. Aproximadamente, 1800 desse total no Brasil. Mesmo com a desaceleração da economia, as vendas crescem. De 2013 para 2014, o faturamento cresceu cerca de 16%. Duarte Alves, diretor de vendas – América do Sul, disse que de 2012 para cá, a empresa saiu da 4ª posição no ranking dos fornecedores de máquinas do segmento high-tech brasileiro para figurar entre as duas primeiras.
Mohseen enfatizou a tradição da companhia no lançamento de tecnologias inteligentes. Estre elas, citou as seguintes: Thermo-Friendly Concept, Collision Avoidance System, Machining Navi e a 5-axis auto tuning system, que contribui para que seus clientes se tornem muito mais competitivos.
Em dezembro de 2014, lançaram a tecnologia SERVONAVI, que possibilita identificar automaticamente o peso da peça a ser usinada, assim as acelerações são otimizadas, reduzindo o tempo de ciclo em até 20%.
Foi lembrado que a tecnologia SERVONAVI também reconhece variações no desempenho das máquinas, por conta de algum tipo de desgaste ou fadiga de componente, devido ao uso intensivo durante anos. O recurso permite ajustar automaticamente os parâmetros, mantendo a alta qualidade da superfície usinada, ainda que a máquina envelheça. Duarte reforçou que, há mais de seis anos, suas máquinas já possuem tecnologia para consumir energia apenas quando em trabalho. Ou seja, em estado de stand by tudo o que não for essencial é automaticamente desligado pela própria máquina.
Uma lista das últimas inovações e prêmios recebidos pela Okuma pode ser acessada no endereço: http://www.okuma.co.jp/english/news/products.
Recentemente, fala-se sobre as metodologias Big Data, Internet das coisas, Manufatura Ininterrupta e BK Inteligente. De acordo com Glauco Bremberger, Diretor de engenharia de aplicações e assistência técnica, a Okuma percebe estes eventos como oportunidades para aplicar tecnologias que já dispõem e dominam, pois investem consistentemente em inovação.
O comando numérico atual da empresa é poderoso e flexível: o OSP-P300 – criado já com a incorporação de recursos que permitem a sua atualização mesmo depois de instalado no cliente. Esse comando é chamado de THiNC (The intelligent NC – o controle numérico inteligente), que utiliza APIs (Application Programming Interface) para realizar a interface entre a máquina e aplicativos de terceiros. Graças a esta flexibilidade, em 2014 lançaram a “Okuma APP store”, um site no qual os clientes podem baixar e carregar aplicativos diretamente na máquina-ferramenta, algo similar ao que é feito para alguns Smartphones.
Glauco defende que o conceito de máquinas “5 eixos” está sendo mais aplicado. “Ainda temos muitas oportunidades para substituir processos que hoje vêm sendo feitos em várias fixações por processos de fixação única, reduzindo custos e melhorando a qualidade da peça” disse. A Okuma possui uma linha completa de centros de usinagem capazes de usinar até cinco faces de uma mesma peça; máquinas “5 eixos” e máquinas multitarefas. Adicionou que tais máquinas constituem apenas mais uma alternativa para o aprimoramento da gestão da produção e que, em algumas situações, cada uma por sua vez, pode constituir a melhor opção.
Glauco também informou que a demanda por máquinas HSC (High Speed Cutting) continua em alta, que é um conceito maduro no mercado. Vários clientes se beneficiam desta técnica, que demanda não somente máquinas com mais RPM (Rotações Por Minuto), mas que também sejam rápidas e precisas em seus deslocamentos. “Um diferencial muito interessante da Okuma para este conceito de usinagem é o Super Nurbs. Trata de um software que roda no comando CNC Okuma e que lê programas de usinagem com instruções nurbs, também permite reconstituir o perfil a ser usinado e administra a aceleração e desaceleração dos eixos da máquina para obter uma superfície homogênea e bem acabada” disse.
Inovação e tecnologia de ponta continuam imprescindíveis a quem sonha com linhas de produção autônomas e autorreguláveis, em função das oscilações das demandas do mercado.
Além dos serviços de pré e de pós- -vendas, possuem ampla linha de máquinas, referência de qualidade e confiabilidade no mercado mundial. Com um atendimento dedicado às necessidades específicas de cada cliente, contando com rede de parceiros mundiais – líderes em suas áreas de atuação – estão aptos a entregar soluções completas em usinagem (projetos turn key). Como benefício geral, a empresa visa proporcionar a seus clientes finais a máxima taxa de utilização do “spindle”, gerando alta disponibilidade e produtividade imbatível. A significativa base instalada de clientes satisfeitos no Brasil e países da América do Sul lhes serve de credencial.
Mohseen salientou que a Okuma pode oferecer soluções completas em termos de automação, que inclusive tem feito isto mais e com excelentes resultados. Recentemente, realizaram um trabalho que foi chamado de “A Indústria do Futuro”, em que empresas líderes em seus setores se uniram à Okuma para fornecer uma solução automatizada completa. Para 2015, a ideia é ampliar este trabalho.
Duarte lembrou que, a fim de fazer frente aos produtos “finamizados”, a Okuma oferece uma linha de crédito patrocinada pela matriz que permite financiamento próprio de alguns negócios em até 36 meses a taxas de juros bem competitivas.
Mohseen concluiu essa entrevista com a seguinte frase:
“Nós, da Okuma, sabemos que existem desafios a serem enfrentados no Brasil em 2015, contudo podemos ajudar nossos clientes, fornecendo soluções que vão reduzir o custo por peça e melhorar a qualidade geral do que eles produzem, fatores que são importantes para que continuem competitivos e lucrativos”.
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