Segunda, Terça, Quarta…

Toda manhã, nas planícies do Serengeti, um antílope desperta e sabe que precisa correr, se é que deseja sobreviver por mais um dia. Caso contrário, poderá tornar- se o prato do dia de alguma fera. Do mesmo modo faz o leão, pois sabe que se não for capaz de correr mais do que sua presa poderá morrer de fome.

Todos os dias, alguns leões passam fome, outros se fartam. Alguns antílopes sucumbem sob as garras de algum felino voraz, outros recebem o prêmio de viver por mais um dia!

Ambos não têm a quem recorrer! Dependem, exclusivamente, de seu próprio vigor e da experiência que adquirem ao longo da vida. Ambos defendem com máxima coragem as suas crias, pois um desejo inato os faz entender a importância da preservação da espécie.

Apesar da grande expertise dos leões na arte de caçar, vale lembrar que até hoje nunca se viu algum leão selvagem gordo. Se a proporção de gordura versus massa muscular do leão não estiver no melhor ponto, o antílope escapa! Por outro lado, um antílope obeso, com certeza, será o primeiro a virar janta!Como na indústria, performance é crucial!

Ao longo de um ano, há muitas baixas para ambas as famílias. Todavia, o instinto os faz prosseguir sem olhar para trás. Quem sabe, tais perdas sejam estimulantes para que corram ainda mais rápido no dia seguinte, seja para fugir, seja para caçar.

Contudo, não se pode dizer se são felizes ou não. Possivelmente, seu único objetivo de vida seja preservar a espécie. Não suprem esperanças, não sabem elevar seus corações aos céus em busca de alguma providência divina que os livre do mal! Não agradecem ao Criador quando sobrevivem, nem maldizem a vida quando perdem um ente querido!

Nenhum deles possui diplomas de graduação em autodefesa ou caça produtiva. Não sabem o que é Total Quality Hunting, Balanced Scored Scape, Forest 4.0, Lion Six Sigma, Big Pata, Milk Run, Manufatura Aditiva, Non Stop Running ou Rolling Forest! Enfim, não contam com nada além da própria sorte!

Por outro lado, do que lhes valeria ter acesso a tudo isso se lhes faltasse coragem, ânimo e conhecimento sobre qual estratégia adotar, como, quando e onde utilizá-la? Quão numerosos seriam eles hoje se, ao olhar o seu predador ou a sua presa, tremessem as pernas e dissessem para si mesmos: “Perdi!”? M&F