VILLARES METALS: Competitividade que se expressa por meio das ligas metálicas

Uma das líderes no desenvolvimento e produção de aços e ligas especiais, a empresa mantém sua destacada posição entre os maiores fornecedores de matéria-prima do país para o suprimento de aços não planos de alta liga e de extrema qualidade técnica, graças ao know-how acumulado em décadas de pesquisa e estreita cooperação junto aos seus clientes.

A indústria do aço está associada à história de desenvolvimento do Brasil. Das usinas siderúrgicas instaladas no País, dentre as quais se destaca a Villares Metals, saiu o aço de nossas hidrelétricas, torres de transmissão, edifícios, pontes e viadutos. O aço está nas máquinas e equipamentos que impulsionam os agronegócios e todos os segmentos industriais. O aço é o material usado em todos os meios de transporte e está presente em todos os momentos do cotidiano.
Fundada em 1941 como Aços Villares, em 1996 adquiriu a Eletrometal e mudou seu nome para Villares Metals. No ano 2000, o grupo Sidenor – principal produtor de aços especiais, forjados e fundidos da Espanha – comprou a Villares Metals. Quatro anos mais tarde, a Böhler-Uddeholm – grupo de origem Austríaco/Sueco – adquiriu a Villares Metals do grupo espanhol. Em 2007, a voestalpine AG – empresa siderúrgica austríaca sedeada na cidade de Linz (Alta Áustria) – comprou a Böhler-Uddeholm e criou a Divisão de Aços Especiais, da qual a Villares Metals faz parte.

A empresa conta com 1400 colaboradores e ocupa uma área de 176.687,40 m². Por conta do mercado em que atua, constituído por nichos muito competitivos, específicos e exigentes, a empresa, desde o princípio, tem primado pela alta qualidade de seus produtos. Atualmente, o seu Sistema da Qualidade atende aos requisitos de, aproximadamente, 20 diferentes tipos de certificações, entre as quais se destacam: OHSAS 18001:2007; NADCAP – HeatTreating; NADCAP – Non Destructive Testing; ISO 14001:2004 (ANAB); ISO 14001:2004 (UKAS); AD 2000-W0/TRD 100; Directive 89/106/ EEC (Marca CE); Directive 97/23/EC; ISO 9001:2008 (ANAB); ISO 9001-2008 (UKAS); ISO/TS 16949; NBR15100 (SAE AS9100C); ISO 17025 – Laboratório Químico; IBQN – Instituto Brasileiro de Qualidade Nuclear; Materiais; NORSOK M-650, 1.4462; 1.4507; 1.4501 (peças forjadas) e 1.4501 (peças laminadas). Essa quantidade enorme de certificações, por si só, mostra a seriedade com que a empresa trata a qualidade de seus produtos. Recentemente, conquistaram a certificação ISO 50.001, voltada à gestão de energia. Uma qualificação que poucas empresas brasileiras possuem até o presente momento.

Nota-se o claro compromisso assumido quanto à otimização dos recursos naturais, dadas as rotinas adotadas para a otimização do consumo de tais insumos em seus processos de fabricação, que comporta práticas de reciclagem e reutilização de resíduos, além dos investimentos feitos para a minimização dos impactos ambientais. Um dos seus valores primordiais, expresso em sua política energética e de meio ambiente, prioriza a sustentabilidade e a melhoria contínua de seus processos como forma de contribuir para um mundo progressivamente mais saudável.

Apesar da escassez de egressos das faculdades de engenharia metalúrgica, o fato de a empresa estar situada em um polo industrual com grandes cidades em seu entorno a auxilia em ter um banco considerável de currículos, que ainda consegue atender suas necessidades de recrutamento e seleção, ao menos, para os cargos operacionais. Nas demais posições administrativas, técnicas e gerenciais, são suportados por um programa de estágios em parceria com renomadas instituições de ensino superior. Caso ocorra a necessidade de se encontrar um profissional pronto, a empresa possui uma reputação suficientemente atrativa para despertar o interesse de bons especialistas externamente. Contudo, e apesar disso, há um investimento contínuo na formação e desenvolvimento dos próprios colaboradores de seus quadros internos.

Presentemente, a capacidade produtiva é adequada para atender aos atuais níveis de demanda dos mercados em que atuam, nos quais os principais insumos são aços de alta liga e ligas especiais, tornando-os um dos grandes players mundiais em determinadas linhas de produtos. A Villares Metals é uma siderúrgica semi-integrada. Isto significa que seu processo metalúrgico se inicia, fundamentalmente, com a fusão de sucata. Não possuem processamento de minério em alto forno. Utilizam, basicamente, fornos elétricos a arco e operam com base nos processos de reciclagem. Todavia, há exceções, como ocorre na fabricação de produtos especiais como alguns da linha médica ou aeronáutica. Para tais aplicações, utilizam métodos específicos, partindo de matérias-primas mais nobres. Vale ressaltar que a reciclabilidade do aço é uma característica praticamente infinita, o que o torna tão interessante e ecologicamente correto.

Como as demais indústrias brasileiras, a empresa também sofre com o chamado ‘Custo Brasil’. Localizada em Sumaré, interior de São Paulo, faz uso de mão de obra especializada e localmente disputada pela indústria da região. Por conta disso, além dos pesados impostos governamentais, a alta demanda contribui para inflacionar os salários. Sendo uma indústria intensiva no uso de energia elétrica – da qual são dependentes para os processos de fusão, além da queima de gases, utilizada nos processos subsequentes – a empresa enfrenta o desafio de encontrar meios produtivos que possam compensar os elevados impostos que incidem sobre sua matriz energética.

O êxito no desenvolvimento de qualquer produto manufaturado começa na correta escolha da matéria-prima da qual será constituído.

O desenvolvimento de aços especiais de alta liga nem sempre resulta em algo totalmente novo, mas certamente deve significar uma criteriosa adequação às aplicações dos clientes. A competitividade, portanto, vem da agregação de valor na percepção do cliente. Neste sentido, tudo deve ser considerado, desde melhorias em usinabilidade até a resistência à corrosão. A grande questão aqui é que sempre há um conflito pela interdependência das propriedades envolvidas. Para maximizar uma determinada característica, a tenacidade, por exemplo, há que se cuidar para, em contrapartida, não implicar na deterioração da resistência.

A Villares Metals possui um Centro de Pesquisas bastante ativo, detentor de inúmeras patentes; fato que lhe assegura ofertas tecnicamente atrativas ao atual mercado. Há, por exemplo, o lançamento de novas ligas para moldes e matrizes, como o VP ATLAS e o VP20TS. Na linha de aços para ferramentas de fundição sob pressão, o TENAX300IM e no segmento automotivo há, ainda, as ligas especiais para válvulas VAT 36.

Conforme já mencionado, a empresa é especializada no fornecimento de aços não planos de alta liga e ligas especiais, ou seja, são produtos fornecidos na forma de barras, fio máquina blocos, billets (produtos semiacabados) e peças forjadas, numa ampla faixa de dimensões, produzidos por laminação ou forjamento em matriz aberta. Além disso, são oferecidas condições variadas de tratamentos térmicos e acabamentos.

Quanto à aplicação, os aços ferramenta são aplicados na confecção de ferramentas industriais, utilizadas pelos clientes na fabricação de seus próprios produtos. São empregados em ferramentas, moldes e matrizes aplicados em operações de corte e conformação. Os aços rápidos (HSS – High Speed Steels) também têm aplicação na forma de ferramentas industriais. São utilizados como matéria-prima dos fabricantes de brocas helicoidais para perfuração de metais.

Os aços válvulas são a matéria-prima para a produção de válvulas de motores à combustão.

Os produtos Villares Metals são classificados da seguinte forma:
1. Aços Ferramenta
a. Aços Ferramenta para trabalho a frio
b. Aços Ferramenta para trabalho a quente
c. Aços Ferramenta para moldes de plástico
2. Aços Rápidos
3. Aços Válvulas
4. Aços Inoxidáveis
5. Ligas Especiais
6. Peças Forjadas

Aços inoxidáveis têm aplicação em equipamentos para indústria química, petroquímica, alimentícia e aeronáutica e em instrumentos para área médica. Também têm emprego na confecção de facas e utensílios domésticos.

As ligas especiais são empregadas em válvulas de motores de combustão de alto desempenho e eletrodos de vela de ignição no segmento automotivo, resistências elétricas, implantes cirúrgicos, indústria química, petroquímica e aeronáutica. Peças forjadas são fornecidas para a indústria de bens de capital e de geração de energia, incluindo prospecção de petróleo e produção de etanol.

O mercado não nos concede espaço para cometer erros. Surgindo qualquer dúvida, ouça o que os especialistas têm a dizer. De modo geral, o seu eventual é o cotidiano deles.

Há algum tempo, havia, na Europa, a preocupação de se eliminar o chumbo nos compostos metálicos, por serem altamente contaminantes, porém o estanho, que era um substituto adequado para melhorar a usinabilidade dos metais, por exemplo, era um metal raro e muito caro. Quanto a isso, a empresa informou que não possui qualquer material que utilize chumbo em sua composição, reforçando que seus produtos são isentos de elementos tóxicos. A questão da usinabilidade é tratada com o que chamam de engenharia de inclusões, fazendo com que inclusões não metálicas sejam controladas e trabalhem em prol de uma melhoria no processamento realizado por seus clientes, sem prejuízo da qualidade do produto e riscos de segurança para os clientes.

Quanto à questão logística e com o propósito de melhor atender ao mercado, contam com três centros de distribuição, estrategicamente localizados em Sumaré, Joinville e Vespasiano. Os dois primeiros já oferecem a prestação de serviços de tratamento térmico. Para a linha de produtos forjados, fornecem também serviços de usinagem na condição de pre-cladding (pré-revestimento). Os serviços de apoio técnico são realizados por engenheiros especializados, envolvendo Engenharia de Aplicação e Assessoria Técnica, tudo suportado por uma completa infraestrutura das áreas de Pesquisa e Desenvolvimento e Engenharia de Produtos, incluindo laboratórios completos, softwares de simulação e biblioteca técnica.

Atualmente, a empresa tem se aproximado cada vez mais do cliente, em busca de ajudá-lo na escolha do material que deverá ser utilizado em cada projeto. Contudo, a decisão final é sempre do cliente. Para selecionar o melhor material, o engenheiro de desenvolvimento deve identificar (o melhor que possível) as condições de utilização às quais será submetido o produto. Há uma enorme interdependência entre as escolhas feitas ao longo de toda a cadeia produtiva. Assim, o sucesso de um determinado equipamento passa pelas escolhas do designer do produto, do engenheiro de materiais, do processo de fabricação de cada peça do produto final e das condições de uso e manutenção posterior à produção. Para tanto, a Engenharia de Aplicação se disponibiliza a ajudar seus clientes na definição das melhores alternativas, considerando tanto os requisitos e características ligados ao processo de fabricação, quanto os requisitos e exigências finais de aplicação do material.

Um exemplo disto pode ser encontrado no desenvolvimento de uma ferramenta industrial para conformação, por exemplo, uma matriz de estampagem. A opção de aço a ser considerada vai levar em conta aspectos geométricos, dimensionais e mecânicos. Os aspectos geométricos e dimensionais interferem na maior ou menor dificuldade quanto ao tratamento térmico da ferramenta que, se visualizada com antecedência, estreitará a gama de opções. Da mesma maneira, os processos de usinagem podem requerer condições específicas do aço.

Hoje, o grau de competitividade na indústria da usinagem é tão intenso que não há mais espaço para amadores ou simplesmente práticos. É necessário que se una o melhor da prática ao mais adequado embasamento científico, principalmente em épocas de retração de mercado, quando as vendas se tornam cada vez mais difíceis. De modo simplista, há apenas três maneiras de se tornar uma empresa mais lucrativa: vendendo mais; gastando menos para produzir; ou, ainda, combinando as duas táticas anteriores, ou seja, vendendo mais e, ao mesmo tempo, gastando menos para produzir. Portanto, o processo ótimo começa na escolha correta da matéria- -prima e, nesse caso, nada como poder contar com o apoio técnico de quem tem nisso o seu core business. Villares Metals, há mais de 70 anos produzindo ligas metálicas para o êxito dos mais diversos segmentos da manufatura. Sempre que houver qualquer dúvida, não hesite em consultar um especialista, pois já não há mais margens para erros.