Feimafe 2015: Novas estratégias reforçam a importância do evento para o setor
O Grupo CIMM apoia esse evento!
Diante de um ano de evidentes incertezas econômicas para a indústria brasileira, a organizadora da 15ª Feimafe, Reed Exhibitions Alcantara Machado, investiu em inovações estratégicas de divulgação e marketing da feira para reforçar os benefícios do evento, tanto para expositores quanto para visitantes.
Uma postura cautelosa vem sendo adotada pela indústria de transformação desde os primeiros sinais de crise. No setor de feiras e eventos não é diferente. Em 2013, na última edição da Feira Internacional de Máquinas-Ferramentas e Sistemas Integrados de Manufatura (Feimafe), executivos já temiam o cenário econômico futuro, mas acreditaram e investiram na geração de negócios a partir da maior feira do setor da América Latina. A expectativa de 70 mil visitantes não foi alcançada naquela edição (68.170), porém tanto a organização do evento, quanto expositores elogiaram a qualidade daqueles que foram até o Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, em São Paulo, em busca de novidades tecnológicas e negócios. Para este ano, a empresa organizadora do evento, Reed Exhibitions Alcantara Machado, mantém as expectativas da última edição para receber 70 mil visitantes.
Uma vez bianual, os organizadores do evento tiveram tempo para identificar e aperfeiçoar estratégias para a edição desse ano. “Em 2013, tivemos uma ‘sensação geral de cautela’, a indústria de máquinas registrou, até o final do segundo bimestre de 2013, números que indicavam recuperação. De lá para cá, houve várias oscilações no mercado que resultaram numa desaceleração da indústria”, lembra a diretora da feira, Liliane Bortoluci.
Mesmo com o clima de “cautela”, a edição de 2013 foi considerada a “melhor edição de todos os tempos”, segundo Alfredo Ferrari, diretor da Ergomat e da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta (CSMF) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), à época. Estimativas da Reed Alcantara Machado afirmam que foram consolidados mais de R$ 28 milhões em negócios durante o evento. O grande destaque daquela edição foi a participação de empresas estrangeiras: 690 marcas.
O interesse de marcas estrangeiras no evento daquele ano reforçou a tendência de abertura do setor para o mercado internacional, bem como para o intercâmbio de tecnologia e negócios. Nesse sentido, em entrevista concedida à revista Manufatura em Foco, na primeira edição de 2015, o atual presidente da CSMF da Abimaq, Henry Goffaux, já indicava o movimento das fabricantes de máquinas e equipamentos para o mercado externo.
“No entanto, não esperado, tivemos um aumento de 16% nas exportações [em 2014]. Por desespero, ou por melhoria do câmbio, eu diria que é mais uma tentativa dos fabricantes de tentar compensar, a qualquer custo, a perda do mercado interno, pelo menos para manter suas fábricas funcionando. Eu, inclusive, sou um dos defensores dentro da casa de que as empresas não deveriam pensar somente no mercado interno, mas deveriam procurar algum tipo de cooperação no mercado internacional, procurar ser mais agressivos nas suas participações no mercado de exportação, pois são mercados mais constantes e muito maiores do que só o mercado brasileiro”, disse Goffaux.
Liliane acredita que a feira possa colaborar com esse movimento natural dos fabricantes em época de dificuldades no mercado interno. “Independente do momento econômico e político, toda feira tem a função de gerar networking, estimular negócios e mostrar novas tecnologias e oportunidades para ampliar o crescimento das empresas e do setor. Com as novidades que serão apresentadas no evento, a expectativa é de que haja forte movimentação por conta da possibilidade de exportação de máquinas e equipamentos”, afirma.
“Com as novidades que serão apresentadas no evento, a expectativa é de que haja forte movimentação por conta da possibilidade de exportação de máquinas e equipamentos”, diretora da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Liliane Bortoluci.
Preparação
Ao fim de cada evento, a equipe comercial da Reed Alcantara inicia a venda dos espaços para a próxima edição. “Quando iniciamos as vendas, as renovações seguiram como o planejado e as novas empresas fecharam a participação na segunda etapa de vendas. Hoje estamos com 98% das vendas concluídas e ainda temos dois meses [entrevista realizada em março] para fazermos o fechamento geral”, diz Liliane. Em 2013, foram 1.466 marcas expositoras em 85 mil m² do Anhembi. A expectativa deste ano é que haja 1.400 marcas no total.
“Na edição de 2015, reafirmamos o compromisso com o mercado de levar conhecimento técnico e alta tecnologia com atividades para o público visitante, como a Ilha do Conhecimento, que traz o tema central Inovação e Eficiência para a Indústria Metalmecânica”, conta a diretora. Ocorrerão apresentações gratuitas de 45 minutos em um auditório montado dentro do Pavilhão do Anhembi, contando com empresas como SKA e Bondmann Química.
Algumas estratégias precisaram ser mudadas para atender a realidade do mercado atual, nesse caso, para a organizadora o foco esteve na estratégia do plano de divulgação e marketing do evento. “Não tivemos um único grande desafio, mas sim tivemos que fazer uma mudança na nossa estratégia no plano de divulgação e de marketing, no esforço de mostrar que a Feimafe realmente é uma plataforma de negócios e levará compradores ao Anhembi com grandes perspectivas em apenas seis dias de evento”, explica Liliane.
A diretora entende que é uma aposta de investimento e acredita que o evento seja um importante mecanismo para fomentar o mercado setorial. “A Feimafe continua sendo a feira mais importante de máquinas-ferramenta de toda América Latina. Por isso, esperamos que os empresários se animem para investimentos. Hoje, aumento de eficiência e produtividade são grandes desafios, e isso passa pelos meios produtivos mais modernos, máquinas mais precisas e integradas”, argumenta Liliane.
Aposta
A participante tradicional do evento, Sandvik Coromant, está entre uma das empresas que não participará dessa edição. Segundo o gerente de eventos da empresa, Fabio Ferracioli, a decisão foi tomada no ano passado quando a empresa já se preparava para um ano difícil. Ele lembra que a empresa participa desde a primeira edição do evento, mas que esse ano coincidiu com um importante evento internacional – que será sediado no Brasil –, no qual a empresa é um importante patrocinador. Dessa forma, os esforços estariam focados nesse evento, “optando pontualmente por não participar na Feimafe 2015”.
“Seguramente, consideramos a Feimafe uma espécie de ‘termômetro’ da nossa indústria e esperamos que essa edição sirva como uma injeção de ânimo e otimismo para o mercado, possibilitando a abertura de novos negócios. Por isso, mesmo não sendo um expositor na Feimafe 2015, estaremos acompanhando o evento de muito perto, observando as tendências e movimentações e também apoiando nossos parceiros e clientes que estarão expondo ou visitando a feira”, reforça Ferracioli.
Para a fabricante de máquinas catarinense, Automatisa, estreante no evento, 2015 é um ano de “expansão” e não recessão, como para muitos. “A empresa vem trabalhando continuamente em novos produtos e novos mercados; busca métodos inovadores de manufatura e clientes compradores no Brasil e exterior”, conta a diretora comercial da empresa, Joana de Jesus.
Quanto ao investimento no evento, ela tem grandes expectativas, como “a consolidação da marca dentro do setor metalmecânico, a abertura de novos agentes comerciais no Brasil e no exterior, a exposição de produtos tecnologicamente superiores, como a ID Laser Eco Fiber e a Acrila 1525”. A Automatisa busca fechar negócio com todos os produtos expostos e mais quatro ou cinco unidades sob encomenda.
“A Feimafe acontece em 2015, num cenário de grandes expectativas e pleitos junto ao governo”, diretora da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Liliane Bortoluci.
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.
There are no comments
Add yours