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Certi: a Fundação que ajuda o mercado brasileiro a inovar

Há quase 30 anos no mercado e detentora de clientes renomados como Fiat, Embraer, Natura e Petrobras, a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), situada em Santa Catarina, tornouse referência na promoção de soluções tecnológicas inovadoras e competitivas para empresas brasileiras. Apesar de trabalhar com inovação, é um antigo ditado popular que rege suas atividades: aqui, o cliente é rei!

Em meio à disputa entre nacionais e estrangeiras pelo mercado brasileiro, a inovação costuma ser a chave no discurso motivacional para fomentar a competitividade na indústria. Porém, novos produtos, processos mais econômicos e sustentáveis são mudanças que nem todas as empresas estão preparadas para ter. Além de uma boa ideia, a empresa deve estar disposta a investir, muitas vezes, em um processo caro e demorado.

Com a crescente entrada de empresas com tecnologia estrangeira e produtos importados, o Governo Federal tem oferecido programas de incentivo à produção de tecnologia no Brasil para alavancar a competitividade com o mercado internacional. Um exemplo disso é o programa Inova Empresa, lançado em março deste ano. O programa destina mais de R$ 32 bilhões de recursos a empresas de todos os portes dos setores agrícola, industrial e de serviços. A linha de crédito destinada à inovação é executada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O programa TI Maior, criado em 2011, ou a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), criada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2009, são outros exemplos de programas que motivam a inovação na indústria. Ainda com subsídios como esses, inovar não é uma tarefa simples. Por isso, instituições governamentais e privadas buscam auxiliar o empresário a encontrar o melhor caminho para a inovação. As incubadoras e os centros ou parques tecnológicos são entidades que auxiliam nesse processo.

A Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), localizada em Florianópolis (SC), é um exemplo de centro tecnológico brasileiro apto para auxiliar o empresário que quer inovar. Há 28 anos no mercado, a proposta da organização, desde o início, é ajudar as empresas no desenvolvimento de novos produtos e processos com a inserção de tecnologias avançadas. Os quase trinta anos de mercado e com clientes renomados como Fiat, Natura, Oi, Embraer, LG, Petrobras, Siemens, Microsoft, entre outros, garantiu à Fundação reconhecimento nacional.

“O Governo do Estado de Santa Catarina e de várias outras regiões brasileiras têm tido a Certi como parceira para promoção da inovação com mecanismos como Polos, Parques, Incubadoras e ICTIs, realizando desde o planejamento até a implementação”, esclarece o Superintendente Geral da Instituição, Prof. Dr. – Ing Carlos Alberto Schneider.

O foco de atuação da Fundação é, principalmente, mecatrônica, instrumentação e automação, metrologia e avaliação de conformidade, manufatura avançada, convergência digital, garantia da qualidade e gestão da inovação. Além de projetos relacionados à sustentabilidade. “Especialmente a parte de energias renováveis. O uso adequado de diversas fontes”, complementa.

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Ele conta que muitos clientes chegam à Certi com um produto já desenvolvido, precisando somente de auxílio para a conclusão do projeto. “A Certi auxilia, principalmente, na parte da inteligência do produto. Por exemplo, a empresa de máquinas, que desenvolve o projeto de um equipamento, vai à Fundação para solicitar apoio no desenvolvimento, somente, da parte eletrônica”, explica Schneider.

Por outro lado, muitas vezes o cliente sente necessidade de inovar e procura a Certi para solicitar uma ideia. Neste caso, a Fundação irá efetuar, inclusive, o estudo de viabilidade desta ideia ou produto. “Muitos conseguem fazer um protótipo, mas isso não torna um negócio, por falta de estratégia, análise de viabilidade comercial e tecnológica”, diz o professor.

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De acordo com o Relatório de Atividades de 2012 da Certi, junto com 712 clientes de diferentes setores, portes e regiões do país atendidos naquele ano, 28% das atividades desenvolvidas pela Fundação foram referentes a estudos e planejamento (confira tabela completa abaixo).

Colaboradores

Para manter o crescimento anual de 20 a 25% ao ano, nos últimos sete anos, e pela pluralidade de conhecimento que exige o desenvolvimento de um produto ou processo tecnológico, a Certi conta com mais de 200 técnicos no grupo de colaboradores. No relatório do ano passado, constam 374 profissionais, dentre eles, 247 na área técnica e 127 na administrativa. Destes, 60 são pós-graduados.

“Somos uma organização que ajuda empresas a inovarem e colocarem produtos diferenciados no mercado”.

A maior parte dos profissionais provém da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Eles atuam, principalmente, no campo de engenharia, softwares, processos, mecânica e eletrônica. Ao longo dos anos, a Certi criou um vínculo com a UFSC tanto pela proximidade física, quanto pela troca de conhecimento exercida durante esses anos. Muitos dos profissionais foram recrutados em programas de busca de talentos da própria Fundação. Em 2012, 86 estagiários exerciam atividades na Certi.

Entretanto, muitos profissionais “criados” dentro da Fundação acabam migrando para outros países devido a oportunidades mais interessantes. Schneider diz que apesar de o Brasil ter muitos profissionais qualificados na área de tecnologia, as ofertas no exterior costumam ser muito tentadoras. O pesquisador se sente atraído por ambientes dinâmicos, em que ele esteja engajado com as tecnologias mais avançadas. Para manter este tipo de profissional no Brasil, segundo o professor, é necessário garantir a ele bons salários e comodidade, como em qualquer outra área de atuação. O que, para ele, acaba sendo uma vantagem estar situado em uma ilha, como Florianópolis.

Além dos colaboradores formais da Fundação, a Certi conta com o apoio de professores e pesquisadores da UFSC. Muitas vezes, esses profissionais são convidados a participar de projetos nos quais exigem conhecimentos específicos que a Fundação não pode suprir. Por exemplo, um equipamento hospitalar, que pode exigir conhecimento de um médico, profissional não incluso na equipe da Fundação.

Empresas, fundações e outros institutos de fomento tecnológico nacionais apoiam anualmente projetos vinculados à Certi. A Fundação conta ainda com o apoio de duas importantes instituições internacionais: Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, e institutos da Sociedade Franhoufer, da Alemanha. Ambas as instituições são referência no desenvolvimento de tecnologias.

Incubadoras

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Ainda há outro segmento que é de interesse de algumas empresas, mas, geralmente, de governos e prefeituras, como projeto de incubadoras, parques e projetos tecnológicos. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o processo de incubação é um dos mecanismos mais eficazes para lançar e desenvolver novos empreendimentos.

Conforme divulgação feita pela Agência Sebrae, pesquisas indicam que o processo de incubação reduz de 70% para 20% o risco de mortalidade da empresa, se comparado a empresas regulares.

“A inovação demanda uma multiplicidade de conhecimento muito grande”.

A implantação de um parque tecnológico ou incubadora precisa ser bem pensada e articulada, já que cada parque é único, inserido em um contexto local e regional específicos. No Brasil, o Centro de Empreendedorismo Inovador (CEI) da Certi é a maior referência nacional na concepção, implantação e operação de parques e incubadoras. Ele teve papel importante no modelo de incubação Cerne, uma espécie de ISO 9000 para incubadoras, adotado como padrão nacional pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e pelo Sebrae.

Natureza das atividades realizadas pela Certi em 2012

Pesquisa Tecnológica 5%
Estudos/Planejamentos 28%
Desenvolvimento de Produtos, Processos e Sistemas Inovadores 57%
Serviços Tecnológicos 5%
Treinamentos e Assessorias 3%
Incubação de Empresas 2%

O CEI faz o desenvolvimento estratégico e de negócios das incubadoras, ou seja, concebe como será o espaço, modelo, parceria com órgãos públicos e relacionamento com as empresas interessadas. Depois, na etapa de implantação, considera a atração e capacitação de quem vai trabalhar na incubadora. Na fase de operação, a equipe ajuda a incubadora nascente pelo período de um ano.

Nesse processo, a incubadora Celta, administrada pela Fundação Certi e primeira no Brasil, representa um laboratório para o CEI testar novas técnicas, processos e produtos que depois chegam ao mercado.


Empresário, entenda como a inovação pode contribuir com o sucesso do seu negócio e aumentar suas receitas:

– Melhore o design dos seus produtos e o layout de sua loja. Seus clientes vão sentir a diferença. Eles serão atraídos pela qualidade da apresentação;
– Garanta a qualidade de produtos e serviços, adequando-se às normas técnicas estabelecidas e buscando sempre certificações;
– Recicle e trate resíduos. Ao pensar em sustentabilidade, você reduzirá o impacto ambiental, melhorará a imagem da empresa, aumentando vendas e fidelizando clientes;
– Otimize os processos de atendimento, vendas, distribuição e produção. Ao implantar sistemas de gestão, de logística e de comércio eletrônico, haverá redução de tempo de fechamento das vendas, melhoria do controle e redução dos estoques e aperfeiçoamento da logística de entrega. O ideal é aumentar a eficiência do processo produtivo, produzindo mais ou igual.



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